Empreendimento no Pantanal contraria sustentabilidade com uso de fogos de artifício
Reprodução/Rede social
Enquanto o Mato Grosso do Sul se destaca como um dos principais destinos para observação de aves, atraindo turistas nacionais e internacionais, o empreendimento Terroir Pantanal parece ir na contramão dos princípios de sustentabilidade e respeito à natureza. Utilizando fogos de artifício com estampido para afugentar as aves, a iniciativa tem gerado preocupação entre ambientalistas e a comunidade local.
O estado do Mato Grosso do Sul tem se consolidado como um paraíso para os entusiastas do birdwatching, oferecendo uma rica biodiversidade e paisagens exuberantes que propiciam a prática da observação de aves. No entanto, atitudes como a do Terroir Pantanal comprometem esse potencial ao desrespeitar a fauna local.
Especialistas afirmam que o uso de fogos de artifício não apenas afugenta as aves, mas também causa estresse e possíveis danos à saúde desses animais. Além disso, a prática contraria os princípios do turismo sustentável, que preza pela convivência harmoniosa com a natureza e pela promoção da conservação ambiental.
Espera-se que os responsáveis pelo empreendimento reconsiderem suas ações e adotem práticas mais alinhadas com a sustentabilidade. “Nunca é tarde para mudanças em prol da natureza e da qualidade de vida da comunidade local”, afirma um ambientalista. Ele sugere alternativas menos invasivas para o manejo das aves, como a instalação de comedouros e parreiras, que poderiam não só manter as aves por perto, mas também enriquecer a experiência dos turistas.
A transformação do Terroir Pantanal em um exemplo de turismo sustentável é totalmente possível e pode, inclusive, gerar renda de forma mais ética e consciente. Manter as aves próximas ao empreendimento, ao invés de afugentá-las, poderia integrar ainda mais a prática turística à natureza, promovendo uma convivência saudável e benéfica para todos.
A adoção de práticas conservacionistas não apenas contribuiria para a preservação da biodiversidade local, mas também valorizaria a experiência turística, atraindo ainda mais visitantes interessados em uma interação respeitosa e sustentável com o meio ambiente.
