
Nas últimas 48 horas, Corumbá, município localizado no Mato Grosso do Sul, registrou o maior número de focos de incêndio em todo o Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 136 focos, destacando a gravidade da situação na região pantaneira.
Além de Corumbá, outros municípios também enfrentam problemas significativos com incêndios. Tangará da Serra e Feliz Natal, ambos situados no estado de Mato Grosso, aparecem em segundo e terceiro lugar no ranking, com 24 e 20 focos de incêndio, respectivamente.
O relatório anual do Inpe revela que Corumbá ocupa a terceira posição nacional em número de focos de incêndio desde o início de 2024, com um total de 555 registros. O município está atrás apenas de Caracaraí e Mucajaí, ambos em Roraima, que contabilizam 886 e 639 focos, respectivamente.
Essa situação ressalta a vulnerabilidade do Pantanal, que é o terceiro bioma do país com maior número de focos de incêndio nas últimas 48 horas, respondendo por 20,4% dos casos registrados. O Cerrado lidera com 40,6%, seguido pela Amazônia com 28%. Os biomas da Mata Atlântica, Pampa e Caatinga, somados, representam 10,9% dos focos de incêndio.
Impactos e Preocupações Ambientais
Os números evidenciam uma situação preocupante para o Pantanal, um dos ecossistemas mais ricos e biodiversos do mundo. A ocorrência frequente de incêndios coloca em risco não apenas a flora e fauna locais, mas também a qualidade do ar e a saúde das populações humanas que vivem na região.
Especialistas alertam que, além das causas naturais, atividades humanas como queimadas para limpeza de pastagens e desmatamento ilegal contribuem significativamente para a proliferação de focos de incêndio. A combinação de seca prolongada e altas temperaturas intensifica ainda mais a vulnerabilidade desses biomas.
Diante dessa crise ambiental, autoridades e organizações ambientais estão intensificando os esforços para monitorar e controlar os incêndios. Campanhas de conscientização, reforço nas equipes de combate ao fogo e políticas públicas mais rigorosas são essenciais para mitigar os danos e prevenir novas ocorrências.
A comunidade científica também destaca a importância de ações sustentáveis e integradas para preservar esses biomas, fundamentais para o equilíbrio ecológico e a manutenção da biodiversidade no Brasil. A colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil é crucial para enfrentar este desafio e proteger os tesouros naturais do país.



