
Em uma iniciativa inédita no Brasil, o Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (1), a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde. O novo mecanismo tem como objetivo central coordenar e planejar respostas a emergências climáticas, como as queimadas intensas no Pantanal e a seca prolongada na Região Amazônica.
A Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde surge como uma ferramenta de gestão crucial para enfrentar e mitigar os efeitos adversos de eventos climáticos extremos. Entre suas atribuições estão a elaboração de protocolos de resposta rápida, a promoção da articulação com gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) e a divulgação de informações sobre a situação epidemiológica e assistencial.
Eliane Ignotti, coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, destacou que a nova sala visa proteger a população dos impactos das condições climáticas extremas, como a poluição atmosférica causada pela seca. Ela ressaltou que a frequência e intensidade dos fenômenos climáticos extremos têm aumentado, afetando diretamente a saúde humana. “A sala de situação facilita a articulação interministerial e interinstitucional”, afirmou Ignotti.
Um dos principais objetivos da sala é desenvolver o Plano Setorial de Adaptação à Mudança do Clima, que criará estratégias para adaptar a gestão do SUS às mudanças climáticas, com o intuito de reduzir os impactos desses fenômenos na saúde da população. O grupo também terá a capacidade de propor ações de prevenção e mitigação de riscos sanitários e, se necessário, realizar repasses de recursos financeiros aos entes federativos para apoiar a gestão dessas emergências.