Pesca esportiva em Mato Grosso do Sul resiste a queimadas e crise hídrica no Pantanal
Em meio aos desafios enfrentados, o setor de pesca esportiva de Mato Grosso do Sul mostra resiliência
Divulgação ACCERT
A pesca esportiva em Mato Grosso do Sul, especialmente em Corumbá, o principal polo do setor, conseguiu manter sua força mesmo diante das queimadas e da crise hídrica que têm afetado o Pantanal. Enquanto Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai, registrou um aumento significativo no número de cancelamentos de reservas, Corumbá se destaca com a manutenção de 95% dos pacotes de pesca adquiridos antecipadamente. Com a temporada se encerrando em 5 de novembro, a expectativa é de que mais de 25 mil pescadores passem pela região este ano.
Joice Santana, empresária que comanda a maior frota de barcos-hotéis do local, comentou sobre a resiliência do setor. “Tivemos poucas desistências, apesar dos impactos ambientais que estamos vivendo. Quem veio ao Pantanal, para compensar o fogo e as baías secando, viu muitos bichos na beira dos rios. E também foi uma temporada farta de peixes; os pescadores não reclamaram”, afirmou.
A confiança no futuro também é evidente. Joice mencionou que a procura por reservas para o próximo ano está crescendo, demonstrando otimismo em relação à recuperação do Pantanal.
Por outro lado, Luiz Antônio Martins, empresário que atua com hotéis e barco-hotéis na região, expressou sua preocupação com a percepção negativa que alguns setores ambientalistas têm passado sobre o bioma. “Mesmo com essa propaganda negativa, o fogo e a seca não prejudicaram tanto o nosso turismo de pesca. Tivemos redução de grupos, agora, se não chover, 2025 será um ano muito difícil”, alertou.
Em meio aos desafios enfrentados, o setor de pesca esportiva de Mato Grosso do Sul mostra resiliência, com a esperança de que a recuperação do Pantanal traga um novo fôlego para a atividade.
