Com o início de 2025 e o período de chuvas, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul concentra seus esforços na manutenção de equipamentos e viaturas, além de intensificar a capacitação das equipes para a próxima temporada de incêndios florestais. O planejamento para o enfrentamento do fogo no Pantanal segue as fases de planejamento, prevenção, preparação e, eventualmente, combate durante o período de seca.
De acordo com a corporação, o estado está atualmente nas fases de planejamento e preparação, focando em ações preventivas para reduzir os danos causados pelas queimadas. A Operação Pantanal, que é uma das principais estratégias adotadas no combate ao fogo no bioma, conta com o apoio financeiro da União. Diferente dos anos anteriores, em 2024, a operação não foi desmobilizada, com a permanência das 11 bases avançadas instaladas em pontos estratégicos do Pantanal. Essas bases têm como objetivo prevenir incêndios e assegurar uma resposta mais ágil e eficaz, caso seja necessário combater as chamas.
O ano de 2024 foi particularmente desafiador para o Pantanal, com 1,6 milhão de hectares queimados em Mato Grosso do Sul, entre janeiro e dezembro, conforme dados do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações Satélites da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Esse número superou a área queimada em 2020, que até então era o pior ano para o bioma. A magnitude das queimadas reflete a importância das ações preventivas e da estrutura de resposta rápida no enfrentamento desse problema ambiental.
Para este ano, o governo federal destinou uma verba de R$ 1,7 bilhão para programas de gestão de riscos e desastres, conforme informações da Folha de São Paulo. Esse valor é inferior ao montante de R$ 1,9 bilhão destinado em 2024, o que reforça a necessidade de otimizar os recursos e melhorar a eficácia das estratégias de prevenção e combate aos incêndios.