A habituação começou em Sabi Sands, África do Sul, próxima ao Parque Nacional Kruger. Guias acompanharam leopardos até eles aceitarem os carros como parte do ambiente. Logo, o ecoturismo surgiu como solução para conflitos entre fazendeiros e fauna selvagem.
Com o sucesso, a região trocou a pecuária por reservas naturais. Fazendeiros abriram pousadas e contrataram moradores locais para funções como guias e cozinheiros. Assim, Sabi Sands virou um dos melhores lugares para observar leopardos.
No Pantanal, o Onçafari aplica essa técnica com onças-pintadas. Eles seguem os felinos para criar avistamentos naturais, fortalecendo o turismo sustentável. Este método evita qualquer domesticação, preservando os instintos das onças.
A pratica ilegal de ceva
Por outro lado, a ceva depende de comida para atrair onças. Esta prática muda o comportamento dos felinos, aproximando-os dos humanos. Com o tempo, as onças podem relacionar pessoas a alimento, aumentando riscos de ataques e dependência.
Em 2013, o Instituto Homem Pantaneiro denunciou a ceva no Pantanal Norte, mostrando vídeos da parte urbana de Corumbá a Porto Jofre. Com isso, o Ministério Público recomendou o fim da prática por riscos aos turistas e também por violações de leis ambientais. Em 2015, a Semade do Mato Grosso do Sul proibiu a alimentação de animais silvestres em áreas livres.
Hoje, o turismo sustentável impulsiona a economia local no Pantanal sem prejudicar a fauna. Portanto, a habituação oferece uma experiência segura e educativa, enquanto a ceva pode representar um retrocesso ecológico.
Fonte: Onçafari – Foto Destaque: Gustavo Figueiroa
Pantanal Oficial