O Governo de Mato Grosso decretou, na terça-feira (10), situação de emergência zoossanitária por 90 dias, após a confirmação de um caso de influenza aviária H5N1 em uma criação de aves domésticas no município de Campinápolis, a 565 km de Cuiabá. O governo poderá prorrogar a medida conforme evoluir a situação epidemiológica.
A declaração, publicada no Diário Oficial, autoriza ações emergenciais, como compras sem licitação, uso de suprimento de fundos e mobilização de pessoal. O objetivo é conter a disseminação do vírus e proteger o setor produtivo. O Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT) será responsável por coordenar e implementar as ações sanitárias no estado.
A emergência zoossanitária é um estado de alerta específico para doenças que afetam os animais, especialmente quando existe o risco de rápida propagação. Ela não representa risco imediato à saúde humana, mas permite que o governo atue de forma mais ágil e eficaz.
O Ministério da Agricultura e Pecuária diz que o consumo de carne de aves e ovos não transmite o vírus da gripe aviária, desde que os produtos passem por inspeção e sejam devidamente preparados. O risco de infecção humana é baixo e está limitado, em geral, a pessoas que mantêm contato direto e prolongado com aves contaminadas.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, reforça que a medida permite que o estado atue com rapidez:
“Facilita a contratação temporária de profissionais, aquisição de equipamentos e realocação de servidores, fundamentais para conter focos da doença”.
Com o Brasil sendo um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo, o controle rigoroso da gripe aviária é estratégico para manter a segurança sanitária e econômica do setor avícola nacional.
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