No aniversário da Capital Morena, as locomotivas do passado voltam a ecoar na memória afetiva da cidade. O lendário Trem do Pantanal — oficialmente conhecido como Pantanal Express — foi inaugurado em 8 de maio de 2009, marcando a retomada de um sonho antigo de conexão ferroviária entre Campo Grande e Miranda, com extensão prometida até Corumbá.
A ferrovia que moldou o progresso
A história do trem começa em 1914, com a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil à Campo Grande, trazendo a ponta de progresso e esperança para os moradores da então vila Ao longo das décadas, trilhos viabilizaram o desenvolvimento da região e ajudaram a integrar o Mato Grosso, impulsionando o comércio e migrando comunidades.
Retomada recente e encantamento
Em 2009, após longos anos sem trens de passageiros, o projeto foi reativado com investimentos de cerca de R$ 44 milhões, em uma iniciativa entre o Ministério do Turismo, o governo estadual e iniciativa privada. As viagens turísticas entre Campo Grande, Aquidauana e Miranda passaram a encantar com paisagens cênicas, culinária regional e paradas culturais, especialmente em Palmeiras.
Desafios e legado cultural
Mesmo com o entusiasmo inicial, contratempos marcaram a estreia: panes nos vagões e atrasos impactaram a recepção oficial do trecho. Ainda assim, o apelo continuou – o trem virou inspiração para a música Trem do Pantanal, composta por Geraldo Roca e Paulo Simões durante uma viagem pela ferrovia, música que hoje é considerada hino não oficial de Mato Grosso do Su
Por fim, a última circulação com passageiros ocorreu em 2014. Desde então, o trem tornou-se parte da mitologia urbana — com estações abandonadas, funcionários solitários e trilhos cobertos de saudade
Parabéns, Campo Grande! 🌆🌿 Hoje, 26 de agosto, a Capital Morena completa mais um ano de história, diversidade e natureza viva no coração do Brasil.
