Em Mato Grosso do Sul, a instalação de ninhos artificiais tem se mostrado uma ferramenta essencial na preservação do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), espécie ameaçada pelo tráfico de animais silvestres. O projeto pioneiro é conduzido pela pesquisadora Gláucia Seixas, pós-doutora em Ecologia e Conservação da Natureza, em parceria com o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (PEVRI), IMASUL e a Fundação Neotrópica do Brasil.
Desde 2019, foram confeccionados 450 ninhos, com 300 atualmente ativos no Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. Os modelos, inspirados em ninhos naturais de palmeiras, são feitos em madeira e instalados em áreas seguras, dentro de unidades de conservação ou propriedades parceiras. Mensalmente, os ninhos são monitorados, verificando ocupação, ovos e filhotes. Hoje, cerca de 40% estão ocupados por papagaios-verdadeiros, outros 40% por diferentes aves e 5% por mamíferos.
O programa também promove a campanha “Adote um Ninho”, permitindo à população apoiar financeiramente a preservação da espécie, acompanhar a reprodução e nomear os ninhos. A iniciativa visa reduzir os impactos do tráfico e da destruição de ninhos naturais, garantindo que o papagaio-verdadeiro continue reproduzindo e voando livremente nos diferentes biomas do estado.
A meta do projeto é confeccionar 200 ninhos por ano para apoiar a reprodução do papagaio-verdadeiro. As doações podem ser realizadas em qualquer valor pelo PIX: (67) 99252-8866. Mais informações estão disponíveis nas redes sociais: @projetopapagaioverdadeiro, @fundacaoneotropicabrasil e @p_e_vazeas_do_rio_ivinhema.
O projeto destaca-se como referência em conservação, aliando ciência, educação ambiental e ações práticas de manejo da fauna ameaçada em Mato Grosso do Sul.
Fonte: Campo Grande News
Fotos: Dione Sales/PEVRI-PPV-FNB
