Após meses de tratamento e cuidados intensivos no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), dois filhotes de tamanduá-bandeira foram transferidos para o Instituto Tamanduá, em Aquidauana, onde iniciarão a etapa de adaptação antes da soltura definitiva.
Essa fase de transição é fundamental para que os animais restabeleçam seus instintos naturais, como busca por alimento, locomoção e uso do ambiente, em condições controladas, antes de retornarem plenamente ao habitat selvagem.
Histórias de superação
Um dos filhotes foi resgatado órfão em novembro de 2024, nas proximidades de Campo Grande(MS). Chegou ao CRAS pesando apenas 1 kg, com os olhos ainda fechados. Em dez meses de reabilitação, ganhou peso e força, chegando a aproximadamente 15 kg.
O outro, um macho resgatado em maio deste ano, foi encontrado com 2,5 kg e cerca de dois meses de idade. Após quatro meses de cuidados, atingiu 10 kg e está sendo preparado para avançar na fase de adaptação.

Etapas da reabilitação
No CRAS, os filhotes passaram por uma série de procedimentos médicos, alimentação especializada e avaliações contínuas para garantir recuperação completa. Exames detalhados, suplementação nutricional e acompanhamento de comportamento foram partes importantes do processo.
Durante a adaptação no Instituto Tamanduá, os animais serão mantidos em recintos que simulam o habitat natural, expostos gradualmente a condições ambientais reais. Essa fase prepara-os para o momento da soltura definitiva, condição que exige que atinjam peso e maturidade suficientes para sobreviver sozinhos.
Importância para a conservação
A reintegração bem-sucedida desses tamanduás reforça o compromisso com a proteção da fauna e contribui para a manutenção da biodiversidade pantaneira. Espécie símbolo, o tamanduá-bandeira desempenha função ecológica importante, ao controlar populações de insetos e contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas.
Cada transferência e cada etapa vencida representam não apenas a recuperação de um indivíduo, mas uma vitória no desafio de conservar espécies ameaçadas.
Fonte: Comunicação Imasul