Em evento recente em Campo Grande, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso reforçaram a parceria para definir prioridades na conservação do bioma Pantanal e levar propostas coerentes para a COP30. Representantes dos dois estados convergiram na necessidade de alinhar políticas públicas, fortalecer instrumentos legais e reconhecer o protagonismo local na proteção desse ecossistema.
Durante debates técnicos, foram destacados pontos essenciais como:
- intensificar a fiscalização contra queimadas ilegais e uso inadequado do fogo;
- ampliar incentivos a atividades econômicas sustentáveis no Pantanal, compatíveis com sua fragilidade ambiental;
- fomentar mecanismos de pagamento por serviços ambientais para valorizar os que preservam, não os que degradam;
- consolidar marcos legais que deem segurança jurídica à conservação e à restauração de áreas degradadas;
- promover cooperação interestadual para ações integradas no bioma, reconhecendo que o Pantanal não obedece às fronteiras administrativas.
á reconhecido por sua legislação própria, o estado sul-mato-grossense apresentou suas experiências no manejo sustentável e programas eficazes. O Estatuto do Pantanal federal, sancionado recentemente, foi apontado como ferramenta central para articular essas iniciativas em nível nacional.
A articulação entre MS e MT busca levar uma Carta do Pantanal para a COP30, com diretrizes construídas coletivamente, produtores, comunidades tradicionais, pesquisadores e gestores — com foco em ações práticas, transparência e impactos reais para o bioma.
Foto: Bruno Rezende



