O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Instituto Aegea, lançou uma nova chamada pública no âmbito da Iniciativa Floresta Viva: Edital Pantanal, com até R$ 5,9 milhões para apoiar projetos de restauração ecológica e revitalização hídrica na Bacia do Alto Paraguai, abrangendo partes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O aporte será feito via matchfunding: metade financiada pelo BNDES e metade pelo Instituto Aegea.
O edital visa apoiar até dois projetos, que devem contemplar uma área mínima de 100 hectares (não é necessário que sejam contíguos). Podem participar organizações sem fins lucrativos legalmente constituídas há pelo menos dois anos, como associações, fundações, institutos, cooperativas e fóruns. Os projetos aprovados também deverão priorizar a participação das comunidades locais, valorizando a geração de emprego na cadeia produtiva de restauração, desde a produção de sementes e mudas nativas até o monitoramento e manejo adaptativo.
A ideia central da iniciativa é restaurar ecossistemas degradados, fortalecer a resiliência hídrica do bioma e proteger nascentes e cursos d’água fundamentais para a fauna pantaneira e para populações que dependem diretamente desses recursos. A proposta inclui também ações de capacitação profissional, educação ambiental e governance local, reconhecendo o protagonismo de povos tradicionais e comunidades ribeirinhas.
Em discurso de lançamento durante a COP, o presidente do BNDES reforçou a relevância estratégica do Pantanal para o Brasil e destacou o caráter urgente da restauração. A diretora socioambiental do banco apontou a fragilidade ecológica do bioma e a necessidade de investimentos contínuos. Já o presidente do Instituto Aegea ressaltou o compromisso da instituição com a segurança hídrica e a sustentabilidade da região. Representantes do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que vai gerir parte da operação técnica, destacaram os múltiplos benefícios ecológicos e sociais da restauração proposta.
O edital representa uma oportunidade concreta de mobilizar recursos públicos e privados para projetos ambientais com impacto significativo, estimulando não apenas a conservação da biodiversidade, mas também a geração de renda e a integração entre conservação e desenvolvimento sustentável na região do Pantanal.
Fonte: Agência Gov | Via BNDES



