A equipe de pesquisa da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil (RPPN) Sesc Pantanal está em campo para uma nova etapa do estudo de grandes felinos, focada na captura de onças-pintadas para instalação de colares de rastreamento e coleta de dados biológicos. A iniciativa, conduzida por guardas-parques, veterinários e pesquisadores, busca aprofundar o conhecimento sobre genética, saúde e comportamento das onças que vivem na maior área privada protegida do país.
O objetivo principal desta fase é instalar colares de monitoramento que permitem acompanhar em tempo real os deslocamentos, áreas de uso, rotinas de caça, interações e comportamento espacial das onças-pintadas. Essas informações são essenciais para embasar estratégias robustas de conservação, além de ajudar a compreender como o felino mais ameaçado das Américas utiliza diferentes ambientes dentro do Pantanal.
Para realizar a captura, a equipe utiliza a técnica de armadilha de laço, considerada uma das mais seguras e recomendadas por especialistas em fauna silvestre. O método prioriza o bem-estar do animal e permite que os profissionais atuem com precisão e segurança durante o manejo. Nos últimos dias, diversas onças foram registradas circulando próximas aos pontos monitorados, aumentando a expectativa dos pesquisadores para as próximas horas de trabalho.
A operação mobiliza profissionais acampados na Reserva e integra um estudo de longo prazo do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, desenvolvido em parceria com o Museu Nacional (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Grupo de Estudos em Vida Silvestre (GEVS). Nesta etapa, o trabalho também conta com o apoio de voluntários da ZooVet, fortalecendo ainda mais a Rede de Conservação do Pantanal.
Com a instalação dos colares e a ampliação do banco de dados biológicos, o Sesc Pantanal reforça seu compromisso com a pesquisa científica e com a preservação de um dos símbolos máximos da fauna brasileira: a onça-pintada. O conhecimento gerado é fundamental para garantir a proteção da espécie e para manter o Pantanal como um dos principais refúgios de vida selvagem do planeta.
Fonte: Com informações de Primeira Página
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