As onças-pintadas são conhecidas não apenas pela força e habilidade de caça, mas também por um comportamento materno marcante. Na natureza, as fêmeas cuidam dos filhotes completamente sozinhas, desde o nascimento até o momento em que os jovens são capazes de se virar por conta própria.
Após a gestação, que dura cerca de 90 a 110 dias, a mãe escolhe um local isolado e seguro para dar à luz, geralmente em áreas densas de vegetação. Nos primeiros meses, ela evita se afastar muito da toca, garantindo proteção constante aos filhotes, que nascem cegos e totalmente dependentes.
Conforme crescem, os pequenos acompanham a mãe em caminhadas curtas, aprendem a reconhecer sons, cheiros e, mais tarde, observam suas técnicas de caça. Parte essencial do desenvolvimento, esse aprendizado inclui desde perseguir presas até entender o território e evitar riscos.
A fase de independência chega por volta dos 18 a 24 meses, quando os jovens já dominam habilidades básicas para sobreviver sozinhos. Até lá, a mãe desempenha papel fundamental, sendo responsável por cada etapa do crescimento, alimentação, proteção, ensino e deslocamento.
O comportamento materno das onças-pintadas revela não só a importância das fêmeas para a manutenção da espécie, como também destaca a complexidade social e cognitiva desses grandes felinos que habitam biomas como o Pantanal, a Amazônia e a Mata Atlântica.
Foto: reprodução Tomás Thibaud
Vídeo: Pantanal Oficial / arquivo



