Ambiental reforça que animal silvestre não é pet e orienta quando a captura é realmente necessária

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Polícia Militar Ambiental destaca cuidados ao encontrar fauna silvestre na área urbana e lembra que nem sempre o resgate é o melhor caminho

Uma cena inusitada agitou a manhã no centro de Campo Grande (MS): um gambá foi encontrado em um salão de beleza, preso em um balde de lixo. O susto da funcionária da limpeza deu início a uma cadeia de ações até o resgate do animal pela Polícia Militar Ambiental (PMA). Apesar da surpresa, situações como essa são mais comuns do que se imagina e revelam a importância de entender como agir diante da presença de animais silvestres nas cidades.

Segundo a PMA, o contato entre pessoas e animais silvestres tem se tornado cada vez mais frequente, especialmente em áreas urbanas próximas a matas, córregos e rios. No entanto, o órgão alerta: animal silvestre não é pet, e o manejo inadequado pode gerar riscos tanto ao animal quanto às pessoas.

Quando é necessário chamar a PMA?

A orientação da PMA é que a população não tente capturar ou mexer com o animal. A melhor atitude é observar, manter distância e entrar em contato com a equipe especializada, que avaliará se há necessidade de resgate.

A captura só ocorre em casos específicos:

  • Quando o animal está ferido;
  • Quando representa risco à segurança das pessoas ou a ele próprio;
  • Quando está preso em local sem possibilidade de saída.

Foi o caso do gambá do salão de beleza. O animal entrou durante a noite e ficou preso em um balde na área de serviço. Por estar em um ambiente fechado, com circulação intensa de pessoas, a equipe optou por removê-lo para evitar acidentes e reintroduzi-lo na natureza.

Cuidados e convivência urbana

De acordo com o sargento Wagner da Silva Azevedo, responsável pela ocorrência, muitos desses animais apenas estão em busca de alimento ou abrigo. “Gambás, por exemplo, têm hábitos noturnos, não são agressivos e só mordem se se sentirem ameaçados. O ideal é deixar que sigam seu caminho sempre que possível”, explica.

A PMA também alerta para a prática, ainda comum, de alimentar animais silvestres – o que é crime ambiental. Dar comida, tentar pegar no colo ou tratar o animal como doméstico é prejudicial à fauna e pode gerar desequilíbrios ecológicos ou acidentes.

Dados sobre resgates

Somente no primeiro semestre deste ano, a PMA atendeu mais de 1.500 ocorrências com fauna silvestre na região da Bacia do Paraguai. Em cerca de 20% dos casos, os animais estavam saudáveis e foram apenas monitorados. Campo Grande lidera os registros, com quase 560 chamados, sendo a maioria relacionada a aves, seguidas por mamíferos e répteis.

O que fazer ao encontrar um animal silvestre

  • Não se aproxime ou tente manipular o animal;
  • Evite aglomeração no local para não estressá-lo;
  • Ligue para a PMA e, se possível, envie uma foto para facilitar a identificação;
  • Não alimente o animal;
  • Evite deixar restos de alimentos ou rações no quintal se morar próximo a áreas verdes.

Por fim, a presença de animais silvestres nas cidades é um reflexo da convivência cada vez mais próxima entre humanos e natureza. Mas respeitar seus hábitos, espaço e segurança é fundamental para manter essa relação harmoniosa.

Fonte: Comunicação do Governo de MS
Foto da capa: Bruno Rezende

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