Ameaçado de extinção, mais um tatu morre atropelado em MS

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Reprodução/ Icas

Uma fêmea adulta de tatu-canastra (Priodontes maximus) foi encontrada morta, na beira de uma rodovia que corta Campo Grande, capital sul-mato-grossense. Necropsia realizada por especialistas do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas), indicou que o animal possuía fraturas na carapaça e na coluna, indicativos claros de que a causa da morte foi uma colisão veicular. O caso envolvendo o animal, cuja espécie está ameaçada de extinção, foi divulgado na quarta-feira.

De acordo com o presidente do Icas, Arnaud Desbiez, uma das soluções mais eficazes para prevenir a atropelamentos de fauna nas estradas é a instalação de cercas associadas apassagens de fauna. No caso dos tatus-canastras, já foi provado cientificamente que esses animais utilizam as passagens. “Não é comum encontrar tatu-canastra atropelado porque a espécie é extremamente rara, até mesmo nos ambientes de ocorrência natural mais conservados. Provavelmente, essa fêmea estava se deslocando entre fragmentos de Cerrado em busca de alimento e acabou atravessando a rodovia”, explicou.

O tatu-canastra é a maior espécie de tatu existente no mundo, sendo encontrado em praticamente toda a América do Sul, porém ocorre em baixa densidade populacional. Uma fêmea adulta só atinge a maturidade sexual entre sete e nove anos, tendo gestação de cinco meses com nascimento de apenas um filhote por vez, com intervalo considerável entre as proles.

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