No céu colorido do Pantanal e de várias regiões brasileiras, um exemplo tocante de fidelidade voa em pares: as araras-canindé (Ara ararauna). Reconhecidas por sua plumagem vibrante azul e amarela, essas aves não se destacam apenas pela beleza, mas também por um comportamento afetivo marcante. Elas são monogâmicas e formam casais para a vida toda.
Depois de escolherem um parceiro, araras-canindé seguem juntas por anos, compartilhando voos, alimento e o cuidado com os filhotes. A cumplicidade vai além da reprodução: elas mantêm laços fortes e colaborativos, com demonstrações de afeto visíveis, como o alisamento mútuo das penas e o comportamento sincronizado em diversas atividades.

Esse vínculo é tão intenso que, quando um dos parceiros morre, o outro pode entrar em luto, ficando isolado, mais quieto e, em alguns casos, até recusando alimento.
Especialistas apontam que esse comportamento reforça a complexidade emocional dessas aves, muitas vezes comparada a laços afetivos entre mamíferos mais complexos.
Além de serem símbolos da fauna brasileira, as araras-canindé nos lembram que a natureza também é feita de afeto e parceria.