A Interpol e a Organização Mundial das Alfândegas (WCO) confiscaram cerca de 20 mil tráfico de animais vivos em uma megaoperação contra o tráfico de espécies protegidas no fim do ano passado (2024). Entre os resgatados estavam grandes felinos, pássaros, pangolins, primatas e répteis. A ação, denominada Operação Thunder, mobilizou forças policiais e alfandegárias em 138 países e resultou em 2.213 apreensões.
Além dos animais, as autoridades também apreenderam grandes quantidades de madeira extraída ilegalmente e milhares de partes e derivados de espécies protegidas. No caso das madeiras, os flagrantes ocorreram principalmente em contêineres transportados por navios. Já os demais itens ilegais foram interceptados em aeroportos e centros de distribuição.
Para reforçar as investigações, especialistas coletaram amostras de DNA dos animais. Dessa forma, será possível mapear rotas de tráfico e planejar futuras repatriações. No entanto, antes de retornarem ao habitat natural, os resgatados passarão por quarentena e reabilitação, garantindo sua adaptação.
Além dos confiscos, a operação prendeu 365 suspeitos. Do mesmo modo, identificou mais de 100 empresas e seis redes criminosas transnacionais envolvidas no tráfico de vida selvagem. As investigações apontaram que criminosos utilizavam perfis falsos e redes sociais para impulsionar as vendas ilegais.
Por fim, o secretário-geral da WCO, Ian Saunders, destacou a importância da ação. Segundo ele, “o comércio ilegal de vida selvagem cresce rapidamente e tem efeitos devastadores. Com nossos esforços conjuntos, fortalecemos a cooperação para combater esse crime”.
Fonte: O ECO Foto Destaque: Interpol/Divulgação
