Começou em Formosa o primeiro julgamento oral e público da Argentina por morte ilegal de uma onça-pintada (Panthera onca), espécie criticamente ameaçada de extinção e protegida por lei como Monumento Natural Nacional.
O caso ocorreu em julho de 2024, quando quatro homens mataram o animal na região de Estanislao del Campo. Imagens circularam nas redes sociais, e a investigação levou à denúncia formal com base na Lei Nacional de Conservação da Fauna.
O julgamento é considerado um marco inédito no país por três motivos:
- É o primeiro caso com julgamento oral por crime contra uma espécie protegida;
- A ONG Red Yaguareté participa como parte querelante;
- A Administração de Parques Nacionais atua como coautora da acusação.
O processo busca estabelecer um precedente jurídico para fortalecer a aplicação das leis ambientais e reforçar a proteção de espécies ameaçadas. Estima-se que restem menos de 250 onças-pintadas em todo o território argentino.
A onça-pintada é muito mais do que o maior felino das Américas — ela é um símbolo de equilíbrio ecológico. Como predadora de topo, sua presença mantém o controle de populações de presas e garante a saúde dos ecossistemas onde vive. No Pantanal, sua sobrevivência está diretamente ligada à preservação do habitat, à redução dos conflitos com humanos e ao combate à caça ilegal. Portanto, proteger a onça é proteger toda a cadeia de vida que depende dela.
Valorizar a onça-pintada é também reconhecer a riqueza natural do Brasil e o nosso papel na conservação dessa espécie icônica, admirada no mundo todo, mas ainda ameaçada em muitos territórios.
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