Pesquisadores que atuam na região da Serra do Amolar, no Pantanal, estão utilizando tecnologia de bioacústica para aprofundar os estudos sobre a biodiversidade local. Com o apoio de equipamentos doados por instituições norte-americanas, a equipe agora consegue captar sons de espécies de difícil observação, como aves raras, mamíferos discretos e anfíbios.
O levantamento anual da fauna na região está em sua quinta edição, cobrindo mais de 500 quilômetros por rotas fluviais e terrestres. A coleta de dados envolve métodos tradicionais, como análise de pegadas, fezes e rastros, além da bioacústica, que vem se consolidando como uma ferramenta complementar de alto impacto.
Atualmente, os dispositivos estão instalados na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Acurizal, onde registram sons de forma contínua e não invasiva. Esse monitoramento acústico permite acompanhar a presença, atividade e comportamento das espécies ao longo do tempo, contribuindo para estratégias de conservação ambiental mais precisas.
De acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), o uso da bioacústica ajuda a preencher lacunas no conhecimento ecológico da fauna pantaneira, além de fornecer dados essenciais para o desenvolvimento de medidas de proteção mais eficazes.
Contudo, os equipamentos foram cedidos pelo Cornell Lab of Ornithology e pelo K. Lisa Yang Center for Conservation Bioacoustics, com suporte técnico das pesquisadoras Dra. Larissa Sayuri Moreira Sugai e Dra. Liliana Piatti.
Fonte: folha MS
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