Fotos: Rosana Moura e Lara Miranda
O Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, se destaca como um centro de pesquisa e aprendizado. Além disso, o espaço recebe estudantes e profissionais de diversas áreas, como biologia, veterinária, zootecnia, arquitetura e engenharias, oferecendo uma imersão no universo científico.
Experiência prática para estudantes
A visita técnica ao complexo proporciona muito mais do que observação. Durante o percurso, os participantes exploram setores essenciais, como o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN), o Sistema de Suporte à Vida (SSV), a quarentena e o setor de nutrição. Por fim, a vista panorâmica do tanque Neotrópico, que armazena mais de um milhão de litros de água, encerra a experiência.
Estudantes de arquitetura e urbanismo apreciam a estrutura assinada por Ruy Ohtake. O projeto, com linhas sinuosas e formato elíptico, combina estética e funcionalidade. Enquanto isso, os alunos de engenharias analisam aspectos técnicos da construção. A engenheira civil Estela Dejane Piesanti destaca a imponência do edifício.
“São detalhes de engenharia que valem muito a pena. Aqui temos a estrutura metálica espacial e um vão de 87 metros no hall de entrada. Além disso, o concreto auto-adensável foi amplamente utilizado, o que melhora a durabilidade e evita falhas na estrutura”, explica.
Inovação na engenharia e impacto acadêmico
O concreto auto-adensável aplicado na obra foi desenvolvido em Mato Grosso do Sul pela engenheira Sandra Regina Bertoncini, da UFMS. “Esse avanço representa um ganho significativo para Mato Grosso do Sul. Este tipo de concreto pode ser encontrado nos tanques do circuito e para nós pesquisadores foi um marco grande pois foi uma pesquisa que deu certo e foi aplicada”, destaca Sandra sobre o material que resultou em diversos artigos sobre a inovação, e também em capa da revista do Instituto Brasileiro do Concreto.
Estudantes de Engenharia Ambiental da UEMS também participaram da experiência. O professor Gabriel Bastos Braga levou os acadêmicos para uma visita técnica dentro da disciplina Projeto de Sistemas de Tratamento de Água para Abastecimento.
“É um local de referência para a pesquisa e foi muito enriquecedor para os acadêmicos. Depois da visita, tivemos debates e discussões em sala de aula. Muitos nunca haviam conhecido um lugar com a magnitude do Bioparque, e a experiência teve um grande impacto. Na viagem de volta, o único assunto era a visita técnica”, conta o professor.
Contato direto com o manejo de animais
Nos setores de manejo e nutrição, os estudantes acompanham o trabalho com os animais. Dessa forma, o biólogo curador, Heriberto Gimenez Junior, reforça a importância dessa vivência.
“Os bastidores mostram uma outra realidade, muito mais complexa e refinada em termos de assistência com os animais. Na área veterinária, por exemplo, os visitantes conhecem a quarentena e a sala de identificação de patógenos. Já os estudantes de zootecnia observam como são realizados os manejos alimentares no setor de nutrição”, explica.
Para a diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, as visitas técnicas são essenciais para a formação dos acadêmicos.
“Essas visitas conectam o estudante à prática profissional, permitindo que ele aprofunde seus conhecimentos e desenvolva habilidades essenciais. É uma experiência que vai além da teoria, consolidando sua trajetória no mercado de trabalho”, afirma.
Mas como agendar uma visita técnica?
Instituições interessadas:
- enviar um ofício para o e-mail gabinete.bioparque@ms.gov.br, informando data, horário, instituição e objetivo da visita.
Fonte: Bioparque Pantanal
Portal Pantanal Oficial