Antes comuns em quintais, matas e margens de estradas, os calangos, pequenos répteis importantes no controle de insetos estão cada vez mais raros. Agora, duas espécies desses lagartos aparecem oficialmente na lista de animais ameaçados de extinção no Mato Grosso: Ameiva parecis, classificada como “em perigo”, e Kentropyx vanzoi, considerada “vulnerável”.
Relatório do Centro de Pesquisa em Áreas Naturais Protegidas
A situação dos calangos é um alerta silencioso sobre uma crise ambiental mais ampla. A perda e a fragmentação de habitat, provocadas principalmente pelo avanço urbano, desmatamento e uso indiscriminado do solo, são as principais causas da ameaça.
Embora discretos, os calangos cumprem funções ecológicas essenciais: ajudam a controlar populações de insetos e atuam como presa para diversas espécies, sendo parte fundamental da cadeia alimentar. O desaparecimento desses répteis pode gerar desequilíbrios severos nos ecossistemas onde vivem.
Diante do cenário, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) anunciou a adoção de 32 ações de conservação, organizadas em cinco objetivos estratégicos. As medidas incluem uma nova lista de espécies ameaçadas, fortalecimento de políticas públicas, combate à caça, restauração de habitats e maior fiscalização sobre áreas degradadas.
Por fim, a preservação dos calangos é vista por especialistas como um esforço vital. Assim devemos manter a saúde dos ecossistemas mato-grossenses e, com ela, o futuro ambiental do estado.
Fonte: Primeira Página - Foto: Reprodução/internetPORTAL PANTANAL OFICIAL
