Imagens recentes divulgadas pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP) revelam registros curiosos e importantes para o monitoramento da fauna pantaneira. Entre os flagrantes, destacam-se uma onça-parda com condição corporal abaixo do ideal e um macaco-prego que observa diretamente a câmera.
Segundo o IHP, a onça-parda (Puma concolor) possui naturalmente uma estrutura mais esguia em comparação à onça-pintada. No entanto, os especialistas notaram sinais de magreza no indivíduo captado pelas câmeras. O vídeo, embora divulgado nesta sexta-feira (9), é originalmente de 2020, em uma das áreas monitoradas pela organização.
Já o registro do macaco-prego é mais recente, feito em março deste ano. O animal aparece em comportamento de reconhecimento do equipamento, o que evidencia a interação sutil da fauna com os recursos de observação remota.
O IHP esclarece que, mesmo diante da identificação de animais com baixo escore corporal, não é recomendada a intervenção direta, como fornecimento de alimento. A prática pode gerar impactos negativos, como dependência de humanos e desequilíbrio ecológico.
O Instituto Homem Pantaneiro atua há mais de 20 anos na região do Alto Pantanal. Entre suas ações, destaca-se o uso contínuo de armadilhas fotográficas para estudo da biodiversidade. O material gerado apoia pesquisas, estratégias de conservação e divulgação científica. Além disso, o instituto mantém bases fixas em áreas protegidas, como a RPPN Acurizal e o entorno do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense.
As imagens reforçam a importância do monitoramento para compreender a dinâmica ecológica local. Dessa forma, ajudam a identificar padrões comportamentais, migração de espécies e efeitos de eventos extremos, como secas e incêndios.
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