Cheia do rio Miranda mobiliza famílias e autoridades

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Rio miranda

O Rio Miranda atingiu 6,83 metros nesta terça-feira (29), ultrapassando a cota de emergência de 6,5 metros determinada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). A elevação está diretamente associada às chuvas das últimas semanas, que somaram 54,6 mm na região — o que representa 51% da média histórica de abril.

Prefeitura e Defesa Civil intensificam medidas

Em resposta à cheia, a Prefeitura de Miranda reforçou o monitoramento hidrológico e colocou em prática ações emergenciais, com apoio da Defesa Civil e das secretarias municipais. Assim, equipes acompanham em tempo real os dados de estações estratégicas, como a da ponte da cidade, o quilômetro 21 e o Passo do Lontra.

Temos acompanhamento nas cabeceiras, com medição de réguas, nível do rio e volume de chuva. Esses dados nos permitem prever o comportamento do rio com bastante precisão”, explicou Ademir Pedrotti, coordenador da Defesa Civil.

Famílias recebem apoio emergencial

Pelo menos uma família foi retirada de casa nesta terça. Outras, situadas em áreas próximas a lagoas e margens, passaram a receber cestas básicas, kits de higiene e água potável. Além disso, a prefeitura disponibilizou caminhões e equipes da Secretaria de Obras para auxiliar na mudança de pertences.

Estamos orientando quem quiser sair com antecedência. Se a pessoa quiser ir para casa de parente, levamos. Se preferir um abrigo, também damos assistência”, completou Pedrotti.

Alternativas para quem permanece nas residências

Para os moradores que optaram por não sair, a administração municipal ofereceu suporte com elevação de móveis, entrega de mantimentos e acompanhamento psicossocial por equipes do CRAS. A escola rural de Águas do Miranda segue com as aulas suspensas até o dia 30, já preparada para funcionar como abrigo temporário.

Outros rios também preocupam

Além do Miranda, o Imasul alertou para níveis elevados nos rios Aquidauana (em Palmeiras e Aquidauana) e Taquari (em Coxim), que permanecem em condição de alerta.

A situação demonstra que a cheia é um fenômeno regional, influenciado não apenas por chuvas em Mato Grosso do Sul, mas também em Mato Grosso, Bolívia e Paraguai.

Embora a cheia do rio miranda traga alívio hídrico, o Imasul destacou que a seca técnica ainda persiste em parte do território sul-mato-grossense. No entanto, nenhum ponto monitorado permanece em nível de estiagem.

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