Dois anos após ser resgatado de um canavial em Costa Rica (MS), Chico, uma onça-parda, finalmente retorna à natureza. A equipe da Onçafari acompanha de perto seus primeiros passos no Pantanal utilizando um colar de monitoramento. Este dispositivo é essencial para avaliar como o animal está se adaptando ao novo habitat.
Em 2022, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) resgatou Chico. Na época, ele tinha apenas cinco meses de idade e estava em situação vulnerável. Sem habilidades básicas para sobreviver, o filhote foi levado para o Centro de Reintrodução de Animais Silvestres, localizado na Reserva Santa Sofia, dentro da Caiman Pantanal.
Dois Anos de Preparação Intensa
Durante esses dois anos, Chico passou por um processo de reabilitação. A equipe da Onçafari trabalhou cuidadosamente para estimular seus instintos naturais. Por exemplo, ele participou de treinos de caça, onde aprendeu a capturar presas vivas. Além disso, o recinto foi projetado para simular o ambiente de uma floresta, permitindo que ele desenvolvesse habilidades essenciais, como se esconder e evitar contato humano.
Com o tempo, Chico mostrou avanços significativos. Ele aprimorou sua capacidade de sobreviver de forma independente, o que tornou possível sua reintegração à natureza. Dessa forma, a equipe garantiu que ele estivesse pronto para enfrentar os desafios da vida selvagem.
Primeiros Passos em Liberdade
No dia 16 de janeiro, a grande oportunidade chegou. A equipe abriu a porta do recinto, oferecendo a Chico a chance de explorar o Pantanal. Inicialmente, ele saiu com cautela, cheirando o ambiente e observando os arredores. Depois de alguns minutos, ele se aproximou da câmera instalada pela equipe e, em seguida, correu em direção à floresta. Embora tenha retornado ao recinto durante a primeira noite, Chico rapidamente partiu novamente. Esse retorno faz parte do método soft-release, no qual o animal pode voltar ao recinto enquanto se sente inseguro, até que esteja completamente adaptado ao novo ambiente.
Monitoramento
Para garantir o sucesso da reintrodução, a equipe equipou Chico com um colar de rastreamento. Esse dispositivo permite monitorar seus movimentos e entender como ele explora o Pantanal. Além disso, o colar ajuda a identificar áreas onde ele caça e descansa, fornecendo dados valiosos para futuras estratégias de conservação. Segundo a Onçafari, esse tipo de monitoramento é essencial. Ele não apenas acompanha a adaptação do animal, mas também contribui para melhorar os métodos de reintrodução utilizados em outros projetos.
Fonte: Onçari, Instagram.
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