As cinzas deixadas pelos incêndios que devastaram o Pantanal entre 2020 e 2024 ganham novo significado em exposição. A “Cinzas da Floresta – Bioma Pantanal”, será inaugurada no próximo dia 15 de julho, no Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Com mais de 30 obras criadas com pigmentos à base de cinzas reais, a mostra reúne artistas de rua de diferentes regiões do país para transformar dor e destruição em arte, memória e resistência.
🔥 Arte com propósito
Idealizado pelo artivista Mundano, o projeto percorreu regiões atingidas pelas queimadas para coletar as cinzas e transformá-las em matéria-prima para a criação artística. A proposta é sensibilizar parlamentares e a sociedade para a urgência de uma legislação que proteja o Pantanal. O bioma mais úmido e biodiverso do planeta.
Participam da exposição nomes como Mari Pavanelli, Carina Mello, Benson, Berg e Nels Armour, levando a estética da arte urbana aos corredores do Congresso Nacional, com mensagens fortes de preservação ambiental e justiça climática.
🌱 Um grito em forma de arte
A ação é fruto de uma aliança entre organizações como Environmental Justice Foundation (EJF), Documenta Pantanal, SOS Pantanal, WWF-Brasil, Wetlands International e a Frente Parlamentar Ambientalista. No dia da abertura, haverá visita guiada ao público.
📊 Tragédia ambiental em números
Somente em 2020, os incêndios destruíram cerca de 2,3 milhões de hectares no Pantanal. Resultando na morte estimada de 17 milhões de animais vertebrados, segundo estudo publicado na revista Nature, e 2024, o maior até então. Além disso, as turfeiras pantaneiras – áreas úmidas milenares, armazenam 39 bilhões de toneladas de carbono, o equivalente a 44 vezes as emissões totais da União Europeia em 2023.
Por fim, a exposição segue até o dia 18 de julho. E reforça o chamado urgente por ações legislativas concretas em defesa do Pantanal e das áreas úmidas brasileiras.
