
A SOS Pantanal emitiu um alerta preocupante sobre a grave escassez hídrica enfrentada na região, decorrente de uma das mais severas secas já registradas no bioma. Os rios estão atingindo níveis críticos, exacerbados pelo aumento dramático de incêndios florestais, que cresceram mais de 1000% em relação ao ano anterior. Esse cenário impacta significativamente diversos setores, incluindo abastecimento humano, navegação, geração hidrelétrica e atividades econômicas locais. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou escassez hídrica na região até outubro de 2024.
A situação é particularmente alarmante na Bacia do Alto Paraguai, abrangendo territórios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde secas de moderadas a graves têm sido registradas nos últimos seis meses. O sul do Mato Grosso é uma das áreas mais afetadas, enfrentando sérias consequências para diversos setores cruciais, como abastecimento de água, transporte fluvial, produção de energia e atividades econômicas locais, como pesca e turismo.
Diante desse quadro preocupante, o SOS Pantanal destaca a urgência de ações coordenadas do poder público. Entre as medidas propostas estão a instalação imediata de salas de comando integradas para monitoramento e combate aos incêndios. Além disso, são sugeridas iniciativas de curto e médio prazos para lidar não apenas com os incêndios deste ano, mas também para preparar a região para desafios futuros.
Gustavo Figueirôa, biólogo e diretor de Comunicação do SOS Pantanal, expressou sua frustração com a aparente falta de progresso na prevenção dessas tragédias, apesar de alguns avanços. Ele ressalta a importância de uma atuação integrada dos poderes estaduais e federais, enfatizando que a prevenção é a melhor estratégia para evitar danos maiores.