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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Animais criados em cativeiro têm dificuldades de viver na natureza, aponta pesquisa

Créditos: Jeanne Martins

Pesquisa da Universidade Nacional Australiana, mostra que animais criados em cativeiro experimentam mudanças físicas e comportamentais significativas que podem prejudicar suas chances de sobrevivência depois de serem soltos na natureza.

O estudo realizado com animais de grande e pequeno porte mostram que independente dos seus tamanhos, todos acabam tendo o mesmo resultado quando afastados da natureza.

Arevisão, que reuniu pesquisas internacionais e australianas já existentes, traz vários exemplos. Leões criados em cativeiro e outros carnívoros, por exemplo, têm diferentes formas de ossos do crânio e força de mordida mais fraca, provavelmente devido a uma dieta diferenciada.

Em cativeiro, as borboletas-monarca, cujas migrações normalmente se estendem por milhares de quilômetros, perdem sua tendência migratória, são incapazes de se orientar para o sul e têm formato de asa diferente. Um dos exemplos australianos inclui o papagaio-de-barriga-laranja criticamente ameaçado, cuja forma da asa mudou em cativeiro.

Stojanovic, que estuda a biologia da conservação e reprodução dos papagaios-de-barriga-laranja há anos, disse que as aves em cativeiro tinham asas menos pontiagudas e mais curtas. “Essa forma é menos adequada para a migração.” Agora, ele e seus colaboradores estão investigando se as mudanças na forma das asas estão ligadas às altas taxas de mortalidade observadas quando os psitacídeos migram entre a Tasmânia e o continente australiano.

Para Marissa Parrott, bióloga reprodutiva do Zoológico de Victoria, a criação em cativeiro é uma ferramenta essencial. “A União Internacional para a Conservação da Natureza recomenda que mais de 2.000 espécies em todo o mundo precisarão de programas de reprodução em cativeiro para não serem extintas”, disse ela, acrescentando que os avanços científicos nas últimas décadas resultaram em esforços de conservação que se aproximaram melhor do ambiente selvagem e da biologia de uma espécie. Como exemplo, uma pesquisa da qual ela foi coautora descobriu que demônios da Tasmânia selvagens e cativos tinham padrões semelhantes de desgaste dentário, embora em taxas ligeiramente diferentes.

Eric Woehler, organizador da BirdLife Tasmania, relata que a perda e a fragmentação do habitat foram os principais fatores da perda de biodiversidade na Austrália por quase meio século. “Está bem claro que, como estamos enfrentando uma crise de extinção cada vez maior, precisamos criar novos métodos para proteger o que nos resta. Os programas de reprodução em cativeiro devem ser um componente de um repertório de métodos que temos disponíveis para nós”. (com informações de Um só Planeta)


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