Capivara: o majestoso roedor das águas e pastagens do Pantanal
Cassiano Zapa
Originária das vastas planícies do Pantanal e conhecida por seu tamanho imponente e comportamento tranquilo, a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é uma das criaturas mais fascinantes da fauna sul-americana. Em tupi, seu nome, Kapi’wara, traduz-se como “comedor de capim”, uma descrição precisa de sua dieta herbívora e de seu habitat natural nas áreas alagadas e pastagens do continente.
Como o maior roedor do mundo, a capivara atinge um peso médio de 50 kg, podendo chegar a impressionantes 100 kg. Seu corpo robusto pode medir de 106 a 134 cm de comprimento, com uma altura variando entre 50 e 62 cm. Sua pelagem densa e resistente assume tons de marrom-avermelhado na parte superior e marrom-amarelado na inferior, oferecendo camuflagem eficaz nas margens dos rios e pântanos onde habita.
Um dos aspectos mais intrigantes da capivara é sua adaptação ao ambiente aquático. Dotada de membranas interdigitais nas patas, esse mamífero se torna uma nadadora habilidosa, capaz de mergulhar e permanecer submersa por até 5 minutos, tornando-se uma presa desafiadora para os predadores. Seu hábito aquático também se reflete em sua dieta, composta principalmente por capim, mas incluindo ocasionalmente brotos e frutos.
Com um par de dentes incisivos na frente, típicos dos roedores, as capivaras se alimentam roendo vegetação, enquanto suas patas dianteiras com quatro dedos e traseiras com três são adaptadas tanto para caminhar quanto para nadar.
A reprodução das capivaras ocorre uma vez por ano, com uma gestação que dura aproximadamente 16 semanas, resultando em ninhadas que podem variar de um a oito filhotes. Esses filhotes, conhecidos como “capivaras bebês”, são uma visão adorável e um sinal de vitalidade para as populações desses animais.
Presentes em toda a América do Sul e distribuídas por todo o território brasileiro, as capivaras desempenham um papel vital nos ecossistemas aquáticos e terrestres onde vivem. Sua presença é um testemunho da riqueza e diversidade da vida selvagem do continente, e sua popularidade entre os observadores de animais e turistas é um reflexo de seu charme inegável e de sua natureza tranquila.
