Captura de animais silvestres movimenta Campo Grande no primeiro semestre
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No primeiro semestre deste ano, os moradores de Campo Grande tiveram diversos encontros inusitados com a fauna silvestre local. Segundo dados da Polícia Militar Ambiental (PMA), foram registradas 284 capturas de animais dentro do perímetro urbano da capital sul-mato-grossense. Entre janeiro e junho, a PMA também realizou o transporte de 30 animais para suas unidades e coordenou a entrega voluntária de dois outros casos.
As aves foram as mais frequentemente envolvidas nessas ocorrências, totalizando 121 capturas. Logo atrás, estão os mamíferos com 98 registros, seguidos por répteis e quelônios com 73 casos. Esses números refletem a presença constante de animais como tucanos, araras e gambás nas áreas urbanas da cidade.
Ao Campo Grande News, a 2ª Tenente da PMA, Eveny Cristiane Lino Parrela, explicou que muitos desses animais são considerados “campo-grandenses”, nascidos e criados nas reservas naturais da cidade, como o Parque dos Poderes e a Mata do Segredo. Essas áreas proporcionam um habitat adaptado para esses animais, que não necessitam de um processo de adaptação ao ambiente urbano.
Durante esse período, algumas aparições curiosas de animais silvestres foram noticiadas, incluindo uma cobra que atravessou a Avenida Afonso Pena sob a escolta de ciclistas, tucanos que participaram de um café da manhã em um condomínio na Mata do Jacinto, e até um cachorro-do-mato visto passeando na Chácara Cachoeira durante a noite.
A tenente destacou a importância de um convívio harmonioso entre humanos e animais silvestres na cidade arborizada de Campo Grande. Ela enfatizou que nem todos os encontros resultam em captura, muitas vezes os animais são apenas monitorados ou devolvidos às áreas de reserva se estiverem saudáveis.
Para casos de animais feridos, a PMA orienta os moradores a entrarem em contato imediatamente pelos números de telefone disponibilizados, evitando se aproximar dos animais para evitar acidentes, especialmente com grandes mamíferos e animais peçonhentos.
Portanto, enquanto a capital sul-mato-grossense continua a crescer, a presença desses animais silvestres é um lembrete da importância da conservação ambiental e da coexistência pacífica entre urbanização e biodiversidade.
