De sono longo e profundo, conheça curiosidades sobre o tamanduá-bandeira
O tamanduá, com sua aparência inconfundível e hábitos fascinantes, é um dos mamíferos mais enigmáticos da fauna brasileira. Entre os diversos aspectos intrigantes desse animal, o sono do tamanduá é um dos mais curiosos. Embora seja um animal de hábitos noturnos e pouco se saiba sobre seu comportamento de descanso, algumas observações científicas e estudos sobre os hábitos desse animal revelam curiosidades que despertam a atenção.
Um Sono Longo e Profundo
Os tamanduás, tanto os de coleira (Myrmecophaga tridactyla) quanto os-bandeira (Tamandua tetradactyla), são animais que costumam dormir por longos períodos, podendo descansar de 12 a 15 horas por dia. Esse sono prolongado está relacionado ao seu ritmo metabólico e à baixa demanda energética de sua dieta, que é composta basicamente por formigas e cupins. Esses insetos, apesar de serem abundantes, fornecem uma quantidade relativamente pequena de calorias, o que faz com que os tamanduás precisem de bastante tempo para repor suas energias.
Onde Dormem?
O tamanduá não possui um local fixo para dormir. Como são animais solitários e territoriais, eles preferem procurar um local seguro e tranquilo, como árvores altas, troncos caídos ou até mesmo o solo. Os tamanduás-bandeira, por exemplo, são conhecidos por se abrigarem nas copas das árvores, onde se sentem mais protegidos de predadores, como onças e jaguatiricas. A escolha do local de descanso é crucial, pois, apesar de serem animais relativamente lentos, sua vulnerabilidade aumenta quando estão em repouso.
Sono de Cabeça para Baixo
Um comportamento interessante dos tamanduás é que, quando estão descansando nas árvores, eles geralmente se deitam de cabeça para baixo, agarrando-se com suas poderosas garras aos troncos ou galhos. Esse comportamento ajuda a evitar que o animal caia enquanto dorme, além de permitir uma fuga mais rápida caso seja surpreendido por um predador.
Sonolência e Habitos Noturnos
Embora o tamanduá tenha um ciclo de sono extenso, ele é considerado um animal noturno e crepuscular, ou seja, está mais ativo ao amanhecer e no final da tarde. Durante a noite, ele se desloca lentamente pelo ambiente em busca de seu alimento, usando seu focinho longo e flexível para acessar formigueiros e cupinzeiros. Seu sono é, portanto, adaptado ao seu estilo de vida: ele descansa durante o dia, quando a busca por comida é menos produtiva, e se dedica à alimentação durante as horas mais frescas e menos expostas da noite.