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  • segunda-feira, 20 de janeiro de 2025 - Campo Grande MS

Estudo revela mutações genéticas em filhotes de arara-canindé devido à poluição em Campo Grande

Divulgação/PMA

Um estudo inédito, realizado por alunos de pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha do Rio Grande do Sul, revelou que os filhotes de arara-canindé (Ara ararauna) nascidos na área urbana de Campo Grande estão sofrendo mutações genéticas, possivelmente causadas pela poluição sonora e por agentes tóxicos presentes no ambiente. A pesquisa foi publicada na revista científica Urban Ecosystems em dezembro de 2024 e traz um alerta sobre os impactos da urbanização desordenada sobre a fauna local.

A pesquisa, conduzida com o apoio do Instituto Arara Azul, que monitora e preserva as araras na região, focou em amostras de DNA de 48 filhotes coletadas durante a estação reprodutiva de 2022, entre outubro e fevereiro. Foram analisados 180 ninhos de araras-canindé, e os resultados mostraram anormalidades nucleares nas células dos filhotes. Tais alterações indicam danos no material genético das aves, o que pode afetar processos essenciais como a divisão celular e a reparação do DNA.

De acordo com o estudo, esses danos genéticos podem ter consequências a longo prazo para a saúde das araras, tornando-as mais suscetíveis a doenças, acelerando o envelhecimento celular e prejudicando sua capacidade de reprodução. Esses fatores representam uma ameaça direta à sobrevivência da espécie. No entanto, os pesquisadores destacam que os resultados são preliminares e que mais estudos são necessários para entender melhor o impacto desses danos genéticos.

“Embora tenhamos encontrado as anormalidades, não podemos afirmar como isso afeta de fato as araras em Campo Grande. São necessários mais estudos para compreendermos as consequências completas da poluição sonora e dos agentes tóxicos sobre a saúde dessas aves”, explicam os autores do artigo.

O estudo evidencia um problema crescente nas áreas urbanas: a falta de planejamento ambiental, que resulta na degradação dos espaços verdes e na diminuição da qualidade dos ecossistemas urbanos. O impacto da poluição sobre a fauna, em particular, as aves, tem sido cada vez mais discutido por especialistas, e este estudo traz uma contribuição significativa para o entendimento dos efeitos da urbanização sobre as espécies nativas.

Com o avanço da urbanização, é essencial repensar a relação entre cidades e o meio ambiente, para garantir que a preservação da biodiversidade seja integrada ao desenvolvimento urbano.


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