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  • sábado, 27 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Mãe e filhotes de onças-pintadas são encontradas na Serra do Mar paranaense

Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar/Fundação Grupo Boticário

Já chega a sete o número de onças-pintadas identificadas por pesquisadores brasileiros na região da Serra do Mar paranaense, área de Mata Atlântica. A espécie, que chegou a ser considerada extinta na região, voltou a ser registrada por armadilhas fotográficas em setembro de 2018. 

Conforme noticiado pela Agência Brasil, as descobertas dos pesquisadores do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar foram divulgadas na revista científica Oryx, publicada pela universidade britânica de Cambridge, em agosto passado. Após a publicação, adultos com filhotes foram registrados no local. O sétimo indivíduo da população foi avistado entre abril e outubro de 2022.

Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar/Fundação Grupo Boticário

“[A quantidade total dessa população] a gente desconhece. O que descobrimos é que existem ocorrências de onças, tanto machos e fêmeas, e também de filhotes”, fala o pesquisador e coordenador técnico do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza e doutor em Ecologia e Conservação, Roberto Fusco.

Segundo Fusco, as onças registradas estão em uma área florestal extensa e de difícil acesso. De acordo com o pesquisador, os animais foram pressionados a se deslocarem para áreas montanhosas e de difícil acesso, principalmente por conta da caça, desmatamento e extração de palmito.

“Na Serra do Mar [paranaense], esses animais encontraram refúgio em áreas montanhosas, mais remotas e com difícil acesso para humanos, fator que talvez tenha contribuído para que esses felinos ficassem tanto tempo sem serem registrados”, diz.

De acordo com o pesquisador, a confirmação dos animais na região classifica o bloco de floresta da Serra do Mar paranaense como uma área prioritária para conservação da onça-pintada na Mata Atlântica.

“Uma vez que essa região é contínua a uma outra área prioritária já existente na Serra do Mar paulista, propomos uma expansão de 5.715 quilômetros quadrados a sul, o que torna o grande bloco de floresta da Serra do Mar paranaense e paulista a maior área prioritária para a conservação da onça-pintada na Mata Atlântica, totalizando 19.262 quilômetros quadrados”, diz Fusco.

Até a descoberta dos animais na região, a área era considerada como não ocupada de onça-pintada. “Agora muda toda a estratégia. O desafio maior é garantir a proteção da espécie ao longo do tempo e na redução das ameaças, que é a pressão de caça sobre a espécie e sobre as suas presas, como a paca, o cateto, o tatu, o porco do mato, e o veado”.

Redescoberta

O processo redescoberta da onça-pintada na região teve início em 2011, com a instalação de armadilhas fotográficas em algumas áreas específicas Serra do Mar paranaense. No entanto, nenhum indivíduo foi registrado.


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