Quer brigar? Câmera flagra tamanduá-mirim em pose de ataque contra anta em Corumbá
Foto: Divulgação/INCAB
Uma cena incomum capturada nas lentes das armadilhas fotográficas do INCAB (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira) vem intrigando os especialistas em vida selvagem. O registro de uma anta e um tamanduá-mirim juntos, na região da Nhecolândia, em Corumbá, despertou a curiosidade dos pesquisadores e encantou os amantes da fauna brasileira.
As imagens, datadas de dezembro do ano passado, foram divulgadas recentemente, mostrando a interação entre essas duas espécies distintas. Instaladas estrategicamente na Baía das Pedras, as câmeras do INCAB captaram o momento em que o tamanduá-mirim parece desafiar a imponente anta, levantando os dois braços em um gesto que sugere uma postura desafiadora.
O contraste entre os dois animais é notável. Enquanto a anta pode atingir até 300 quilos, o tamanduá-mirim tem um peso consideravelmente mais modesto, podendo chegar a apenas 8,4 quilos. Esta diferença colossal torna o encontro ainda mais fascinante, levantando questões sobre a dinâmica entre essas criaturas na natureza.
De acordo com os pesquisadores do INCAB, a Nhecolândia é uma região rica em biodiversidade, o que a torna um local ideal para estudos de conservação. Com aproximadamente 100 câmeras espalhadas pela área, a equipe busca compreender melhor os hábitos e interações das espécies locais, contribuindo para a preservação do ecossistema pantaneiro.
Este registro peculiar também destaca a importância do trabalho conjunto entre instituições dedicadas à conservação da vida selvagem, como o ICAS (Instituto de Conservação de Animais), que conduz o Projeto Tatu-canastra na mesma região. A colaboração entre organizações é fundamental para garantir a proteção desses animais e de seus habitats naturais.
Embora não seja possível determinar exatamente o que motivou o curioso encontro entre a anta e o tamanduá-mirim, as imagens capturadas pelo INCAB certamente proporcionam uma reflexão sobre a incrível diversidade da fauna brasileira e a necessidade contínua de preservar essas espécies emblemáticas para as futuras gerações.
