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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Rara aparição do tatu-canastra na baía das pedras é celebrada por projeto de conservação

Projeto Tatu-Canastra

Em uma notável conquista para a preservação da biodiversidade, o Projeto Tatu-Canastra, conduzido pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), divulgou recentemente o registro de uma rara aparição de um tatu-canastra na Baía das Pedras, localizada na Nhecolândia, distrito de Corumbá.

Ao longo de seus 13 anos de atuação na região, a equipe do projeto capturou 41 indivíduos, tanto machos quanto fêmeas, desempenhando um papel crucial na conservação dessa espécie que enfrenta a ameaça de extinção. O tatu-canastra, conhecido por seus hábitos noturnos, raramente é avistado, o que torna ainda mais significativa a captura de imagens durante sua busca por refúgio durante a noite.

O registro não apenas revela ao mundo a majestade do maior tatu da espécie, mas também serve como documentação essencial para mapear e evidenciar a atuação efetiva do Projeto Tatu-Canastra no cenário pantaneiro. A preservação vai além da proteção do próprio animal, estendendo-se à manutenção do habitat, uma tarefa que exige atenção especial.

Gabriel Massocato, biólogo responsável pelo projeto, ressalta que cada tatu-canastra necessita de uma área de vida de 25 km², equivalente a cerca de 2500 hectares. Devido ao seu tamanho imponente, esses animais escavam tocas gigantes que, quando abandonadas, se transformam em abrigos para outras 100 espécies de animais, conforme identificado pelo projeto.

Um exemplo notável é o caso de uma cachorro-do-mato mãe, que utilizou uma dessas tocas como abrigo para seus filhotes enquanto caçava durante o dia. Esse comportamento destaca a interconexão e a importância de preservar não apenas a espécie em foco, mas todo o ecossistema circundante.

“A conservação do território e do tatu-canastra não apenas assegura a sobrevivência dessa espécie, mas garante um futuro sustentável para a fauna e flora da região. Por isso, a descoberta de novos indivíduos é motivo de celebração”, explicou Massocato. Atualmente, sete tatus-canastra estão sendo monitorados, cinco por meio de radio transmissores e dois por armadilhas fotográficas.

O monitoramento desempenha um papel crucial na avaliação da saúde dos tatus, pois a identificação individual é possível graças às escamas das carapaças, que funcionam como uma “digital” única para cada tatu. Essa abordagem também facilita a identificação do sexo, uma vez que as diferenças físicas entre machos e fêmeas são sutis.

A rara aparição na Baía das Pedras não apenas enriquece o banco de dados do projeto, mas também ressalta a importância contínua do esforço dedicado à conservação do tatu-canastra e de seu habitat, visando a preservação da rica diversidade biológica da região.


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