• quinta-feira, 25 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Reconstruído após incêndio, ninho de Tuiuiús volta a receber aves no Pantanal

As queimadas que devastaram mais de 4,5 milhões de hectares do Pantanal no ano passado, também atingiram um ninho de Tuiuiús tombado como patrimônio do Bioma, no dia 28 de setembro de 2020.

O ninho que ficava às margens da BR-262, logo depois da ponte sobre o rio Paraguai, no Porto Morrinho, está a cerca de 70 km da cidade e  foi reconstruído em novembro de 2020, entre parceira da Energisa, Fundação de Meio Ambiente de Corumbá, Embrapa Pantanal e Projeto Arara Azul.

Sete meses após o reestabelecimento do local, o ninho artificial ganhou os novos moradores. O casal de tuiuiús “adotou” o local como morada, e os registros com as aves sobre o “novo lar” ganhou as redes sociais.

Fotos mostram nova morada de aves típicas do Pantanal, na BR-262 — Foto: Alexander de Oliveira

A nova morada de aves típicas do Pantanal, na BR-262 — Foto: Alexander de Oliveira

Walfrido Tomás, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), destacou que o registro do casal no ninho indica que as previsões das equipes que reconstruíram o local estavam certas.

“Estávamos na expectativa de que voltassem para o local este ano, a fase reprodutiva deste animal inicia por volta de agosto. Este período, então, seria de retomada ao seu ninho, ou construção de um novo. O que deve ocorrer por agora é eles depositarem mais material acima da base já iniciada e no segundo semestre ter os ovos e depois os filhotes”, afirma o pesquisador.

“Sinônimo de esperança”, assim que Neiva Guedes, presidente do Instituto Arara Azul, definiu a vista das aves no ninho artificial. “É maravilhoso o sinal deles estarem de volta, local tão emblemático para a história, tombado inclusive como Patrimônio do Pantanal. O fato deles retornarem, reforça a fidelidade e memória de seu sítio de reprodução”.

Construção do ninho artificial

O ninho artificial foi construído ao lado de um pé de ipê, no alto de uma estrutura metálica usada em torres de transmissão. O espaço tem formato octogonal e foi forrado com pedaços de madeira do local, para deixar o mais próximo do ninho natural.

Inspirado nos ninhos artificiais construídos na Europa para abrigar cegonhas, o projeto em Mato Grosso do Sul foi executado com a altura similar da árvore destruída pelo fogo. No alto, madeiras típicas da região foram colocadas.

A iniciativa foi baseada em pesquisas da Embrapa Pantanal, Projeto Arara Azul e Fundação de Meio Ambiente do Pantanal.


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