Registro de onça-pintada e filhotes sinaliza recuperação do ecossistema no Pantanal
Neste fim de semana, câmeras de monitoramento do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) capturaram imagens emocionantes de Borboleta, uma onça-pintada conhecida da região, acompanhada de seus filhotes Bocaiúva e Carandá. O encontro aconteceu na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Penha Acurizal, localizada a 220 km de Corumbá, e trouxe boas notícias para os conservacionistas: Carandá, que estava perdido da mãe há meses, foi finalmente reencontrado.
A área onde Borboleta e seus filhotes foram avistados faz parte dos 30 hectares que sofreram com os devastadores incêndios de 2020, os maiores já registrados na região em termos de área atingida. Segundo a médica-veterinária Franciele Oliveira, integrante do programa Felinos Pantaneiros do IHP, a presença dos filhotes, que estão quase adultos, é um claro sinal de que o ecossistema local está se recuperando.
“Ver os filhotes quase adultos indica que o ambiente está equilibrado para a sobrevivência dessa espécie. Mostra como esses animais são resilientes e como Borboleta tem um forte instinto maternal, o que é positivo para garantir a continuidade da espécie,” destacou Franciele.
A onça-pintada é um animal territorialista, e a presença de Borboleta com seus filhotes sugere um ambiente saudável e equilibrado, essencial para a manutenção de diversas outras espécies na região. Franciele ressaltou a importância do monitoramento contínuo para estudar a biodiversidade, o comportamento dos animais e para a conservação do habitat.
“Esse registro é um indicador de equilíbrio de todo um ecossistema, que afeta positivamente outras espécies,” afirmou Franciele. “É crucial continuar o monitoramento ambiental para entender a riqueza das espécies e trabalhar pela conservação do Pantanal.”
A recuperação da área atingida pelos incêndios e o reencontro de Carandá com sua mãe são marcos importantes, celebrando a resiliência da vida selvagem e a dedicação dos programas de conservação na região.