Secretário de Corumbá se depara com onça-pintada na BR-262
Reprodução/Diário Corumbaense
Na tarde de sexta-feira, 3 de janeiro, um encontro raro e emocionante marcou a viagem de Demilson Boaventura da Silva, secretário da Cúria Diocesana de Corumbá. Ele e seu irmão seguiam para Campo Grande, quando, por volta das 16h30, tiveram um encontro inesperado com uma onça-pintada às margens da BR-262, a cerca de 30 minutos do posto Guaicurus, em Miranda.
Demilson, que vive em Corumbá há oito anos, descreveu a experiência como indescritível. “Eu vinha pedindo a Deus que seria muito legal ver uma onça e, de repente, me aparece a dita cuja”, revelou em entrevista ao Diário Corumbaense. Segundo ele, a princípio, os dois pensaram que se tratava de um cachorro grande, mas logo perceberam que estavam diante de um dos animais mais emblemáticos e temidos do Pantanal.
Com o coração acelerado, Demilson reduziu a velocidade e parou no acostamento para registrar o momento. “Fiz as imagens, claro, dentro do carro, com toda a segurança. Ela parecia saber que estava sendo filmada”, contou, emocionado. No vídeo gravado, o secretário se dirigiu ao felino com carinho, dizendo: “Olha, a maravilhosa onça do Pantanal. Obrigado por você aparecer, minha querida!”
A onça-pintada, também conhecida como jaguar ou jaguaretê, é o maior felino das Américas e uma das espécies mais icônicas do Pantanal. A presença do animal em áreas próximas a rodovias, como ocorreu com Demilson, alerta para os riscos de atropelamento e destaca a crescente pressão sobre seu habitat, que sofre com a perda de território e a caça.
De acordo com especialistas, o Pantanal brasileiro abriga a maior densidade de onças-pintadas do mundo. A espécie, que está presente em 19 países da América Central e do Sul, é considerada um dos principais predadores da região. No entanto, seu futuro é incerto devido às ameaças ambientais e à diminuição de seu espaço natural.
O encontro de Demilson com a onça-pintada não foi apenas uma experiência única, mas também um lembrete sobre a importância da preservação da fauna e da flora pantaneiras. A cena, carregada de beleza e emoção, ficará, sem dúvida, marcada na memória do secretário e de seu irmão, que vivenciaram o privilégio de estar cara a cara com um dos maiores símbolos do Pantanal.
