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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Único no mundo, filhote de tamanduá albino deve enfrentar desafios na fase adulta em MS

Tamanduá albino

Foto: LUCIANO CANDISANI/@LUCIANOCANDISANI

Sendo atualmente o único tamanduá-bandeira albino vivo no mundo, segundo especialistas. Alvin foi descoberto em agosto, em uma fazenda particular em Três Lagoas em Mato Grosso do Sul. O filhote monitorado por pesquisadores deve enfrentar desafios na fase adulta.

Em entrevista ao G1MS, os especialistas comentam que a atenção despertada por Alvin pode abrir os olhos da sociedade para um drama vivido pelos animais. O presidente e fundador do Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), Arnaud Desbiez, ressaltou a importância que a visibilidade trazida por Alvin pode ter para os tamanduás-bandeiras.

“Todo mundo está fascinado por ele, mas, por favor, voltem os olhos para os tamanduás ‘normais’, porque eles são extraordinários. É um animal único da nossa fauna e é um animal que existe só nas Américas”, comenta.

Alvin tem oito meses e foi descoberto em agosto. Desde então, ele é monitorado por meio de um colete por pesquisadores. O Icas esclarece que o colete é adaptado ao formato do corpo do animal.

 Arnaud Desbiez, comenta que os tamanduás em geral são sensíveis a altas temperaturas. “A temperatura corporal deles é mais baixa. Por isso, quando faz muito calor, eles param de ser ativos e vão se refugiar na mata, na vegetação, que atua como proteção contra variações térmicas muito fortes”, detalha.

O mesmo ocorre quando as temperaturas caem bruscamente. “Essa proteção que a vegetação nativa oferece é fundamental para os tamanduás”, reforça. Para Alvin, isso é ainda mais essencial, visto que qualquer animal albino é muito sensível à luz.

A pelagem de coloração neutra, que mescla o cinza, com marrom e nuances de preto e branco garantem ao tamanduá-bandeira a possibilidade de se camuflar na natureza, principalmente nos períodos noturnos. Porém, Alvin não possui esta capacidade.

“Ele não vai ter essa ferramenta tão importante para a sobrevivência que os outros tamanduás têm. Ele é muito visível. Isso significa que ele é muito visível a predadores também”, comenta Desbiez.

Alvin deve permanecer com a mãe por mais dois meses, aproximadamente, pois a fêmea costuma cuidar do filhote por até 10 meses. A partir daí, o único tamanduá albino do mundo terá que viver sozinho no Cerrado de Mato Grosso do Sul.

O futuro desperta curiosidade nos pesquisadores. “O que a gente quer ver agora é, quando ele ficar mais independente, como ele vai escolher o habitat, se ele vai escolher se proteger mais da luz, como vai ser a movimentação dele, essas são as perguntas que a gente tem com ele”, frisa o presidente do Icas.


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