Pela primeira vez, o Fundo Amazônia destinará recursos a biomas fora da Amazônia Legal. O Ministério do Meio Ambiente e o BNDES anunciaram a liberação de até R$ 150 milhões para fortalecer a prevenção e o combate a incêndios florestais no Cerrado e no Pantanal. A medida visa responder ao agravamento dos focos de fogo registrados em 2024 e se preparar para novos eventos extremos previstos para 2025.
Os recursos, não reembolsáveis, serão aplicados no projeto “Manejo Integrado do Fogo”, elaborado de forma conjunta entre diversos ministérios e órgãos federais.
Contudo, a iniciativa apoiará os Corpos de Bombeiros Militares e brigadas florestais de seis estados – Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal – além da Força Nacional de Segurança Pública.
Os investimentos abrangem aquisição de veículos especializados, como caminhonetes com kits de combate a incêndios, Auto Bomba Tanque Florestal (ABTF), drones, bombas costais, sopradores, GPS, notebooks, guinchos e equipamentos de proteção individual. A proposta também prevê ações em três níveis: local, estadual e interestadual.
No nível local, brigadas formadas por moradores capacitados estarão estruturadas como primeira linha de resposta. Em âmbito estadual, os Corpos de Bombeiros receberão reforço logístico e tecnológico para aumentar a agilidade e segurança nas operações. Já no plano interestadual, a Força Nacional deve apoiar ações emergenciais e integradas em diferentes territórios.
O projeto também exige que os estados firmem parceria com o Ministério da Justiça, garantindo o uso exclusivo dos bens para prevenção e combate ao fogo e assim, assumindo a responsabilidade pela conservação dos equipamentos.
A decisão de ampliar o alcance do Fundo Amazônia segue autorização do Comitê Orientador do Fundo (COFA. Que aprovou, em maio, a possibilidade de aplicar até 20% dos recursos em ações de controle ambiental em outros biomas. A medida considera o avanço crítico dos incêndios em 2024, quando o Cerrado teve mais de 9,7 milhões de hectares queimados e o Pantanal, 1,9 milhão.
Por fim, o projeto reforça o papel estratégico na proteção ambiental nacional, promovendo uma resposta estruturada diante da emergência climática. Ao mesmo tempo, contribui para a implementação efetiva da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
Fonte: Agência Gov
