Entre os felinos que vivem no Brasil, alguns se destacam por sua imponência, como a onça-pintada e a jaguatirica. No entanto, um “primo menor” chama atenção por sua semelhança com a jaguatirica e por ser extremamente raro: o gato-maracajá (Leopardus wiedii), também conhecido como gato-peludo ou gato-pintado.
Com porte semelhante ao de um gato doméstico, o maracajá pode até enganar quem o vê rapidamente na mata. Sua aparência delicada esconde um predador ágil e adaptado à vida nas árvores. Ele possui olhos grandes, calda longa e pelagem repleta de manchas sólidas e espaçadas — características que ajudam na camuflagem. As orelhas são maiores e mais arredondadas que as da jaguatirica, contribuindo para seu visual inconfundível.

O Gato-maracajá se alimenta por pequenos mamíferos, aves e anfíbios. Ele é um excelente escalador e passa boa parte do tempo em galhos altos, o que o torna um dos felinos mais arborícolas das Américas.
Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção, principalmente por conta do desmatamento, da fragmentação de habitats e da caça ilegal. Sua ocorrência é rara e geralmente associada a áreas preservadas de Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica.
Pesquisadores e instituições de conservação têm se empenhado para estudar melhor o comportamento e a distribuição do gato-maracajá. O objetivo é implementar medidas de proteção e conscientizar a população sobre a importância de preservar este pequeno, mas valioso, felino silvestre brasileiro.
Foto Destacada: Felipe Peters