Mato Grosso consolida sua posição de vanguarda na gestão participativa dos recursos hídricos ao implantar e fortalecer 12 Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs). Coordenados pela SEMA-MT, os representantes se reunem para definir políticas voltadas ao uso sustentável das águas no Estado.
Planos de Bacia
Entre os 12 comitês instalados, três já têm planos de bacia aprovados — Sepotuba, Cabaçal e Alto Paraguai Superior, enquanto outros dois, Alto Cuiabá e São Lourenço, seguem em elaboração.
Estão distribuídos estratégicamente, o Alto Rio das Mortes, Arinos, Jauru, Alto Araguaia e as três divisões do Teles Pires (Baixo, Médio e Alto), compondo uma gestão integrada que cobre os principais sistemas hídricos.
De acordo com a superintendência de Recursos Hídricos, o MT é pioneiro no Brasil ao instituir um programa estadual de apoio direto aos comitês. Criado em 2023, o Pro-Comitê Estadual garante um repasse anual de R$ 550 mil aos CBHs pelos próximos cinco anos, totalizando R$ 2,75 milhões em investimentos. Contudo, o primeiro já esta realizado e o segundo está previsto para agosto de 2025, condicionado à prestação de contas.
“Os comitês exercem um papel decisivo na definição de prioridades e no planejamento estratégico das bacias hidrográficas. A gestão descentralizada permite identificar com mais precisão os desafios locais e propor soluções adequadas”, afirmou Noquelli.
A atuação dos CBHs vai além da governança. Médio Teles Pires e o Alto Paraguai Superior, os comitês promovem campanhas de balneabilidade com a SEMA, avaliando a qualidade da água para banho. Já o CBH Alto Araguaia, conduz estudos técnicos para subsidiar o plano de bacia com dados sobre os usos e a dinâmica da água.
Com três grandes regiões hidrográficas em seu território — Paraguai, Araguaia/Tocantins e Amazônica — Mato Grosso desempenha papel estratégico na conservação dos recursos hídricos nacionais. Ao todo, o Estado abriga 27 unidades de planejamento e gerenciamento hídrico, das quais 15 se localizam na maior bacia do mundo: a Amazônica.
Assim, somada ao protagonismo dos comitês, o Mato Grosso caminha para consolidar um modelo de gestão da água baseado em participação social, ciência e sustentabilidade.
Fonte e Foto: SECOM-MT
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