O Governo de Mato Grosso do Sul apresentou nesta semana, na COP30, os resultados da maior operação de combate a incêndios já registrada no Pantanal sul-matogrossense. A iniciativa, conduzida ao longo de 2024, foi destacada como exemplo de política pública de adaptação às mudanças climáticas e manejo integrado do fogo.
Durante o encontro, o Tenente-Coronel Leonardo Congro, do Corpo de Bombeiros Militar, detalhou o planejamento antecipado da ação, que começou ainda em abril, meses antes do período crítico de queimadas. A estratégia, segundo ele, foi essencial para enfrentar um dos anos mais secos das últimas sete décadas na região.
O Estado estruturou 11 bases avançadas em pontos estratégicos do bioma, permitindo resposta mais rápida a focos de calor em áreas de difícil acesso. As equipes contaram com brigadistas comunitários, indígenas e rurais, além de bombeiros especializados em incêndios florestais, compondo uma rede de atuação integrada.
O Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo, apresentado a representantes internacionais, reúne ações simultâneas de prevenção, monitoramento e combate. Entre elas estão aceiros construídos em áreas críticas, queimas prescritas para reduzir material combustível, programas de capacitação e campanhas de sensibilização junto à população pantaneira.
Autoridades estaduais afirmam que a exposição na COP30 reforça a necessidade de inserir o Pantanal, o maior área úmida continental do planeta, no debate climático internacional. O governo defende que o bioma, altamente vulnerável à seca extrema, demanda políticas permanentes de monitoramento e manejo do fogo para evitar danos ambientais e socioeconômicos severos.
A participação do Mato Grosso do Sul no evento também abriu espaço para novas parcerias técnicas e para o fortalecimento da cooperação internacional em estratégias de conservação.
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