Começou a fase prática do projeto de monitoramento da fauna silvestre com a instalação das primeiras câmeras em unidades de conservação do estado do Rio de Janeiro. A ação coordenada pela Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), visa catalogar espécies ameaçadas, atualizar o Livro da Fauna e subsidiar políticas públicas de conservação.
No total, 480 câmeras. Só a Região Serrana — que abriga áreas estratégicas para a biodiversidade — receberá cerca de 60 equipamentos. Municípios como Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu, Petrópolis, Teresópolis, Duas Barras, Bom Jardim e Areal foram contemplados. Unidades como o Parque Estadual dos Três Picos e a Reserva Biológica de Araras (Rebio Araras) também estão na lista. A Rebio, inclusive, já recebeu seus equipamentos. No local vivem espécies como porco-do-mato, irara e onça-parda.
Segundo o secretário Bernardo Rossi, o mapeamento mais preciso permitirá “ações mais eficazes de proteção ambiental”, sobretudo no interior do estado. As câmeras captam imagens em full HD, com visão noturna e amplo alcance vertical, possibilitando registros contínuos em qualquer condição.
Mas afinal, o que são câmeras traps?
As câmeras-trap, ou armadilhas fotográficas, são dispositivos com sensores de movimento e calor capazes de registrar imagens e vídeos automaticamente quando algum animal passa por perto. Sem interferência humana, essas câmeras captam o comportamento da fauna de forma espontânea, inclusive à noite, graças à visão infravermelha.
Os dados também alimentarão um banco de informações que por fim, servirá de base para o novo Livro da Fauna Ameaçada, previsto para os próximos dois anos. A Mata Atlântica abriga cerca de 1.300 espécies vertebradas — incluindo o mico-leão-dourado e a própria onça-parda — muitas delas em risco de desaparecer.
Fonte: Jornal A Voz da Serra/GOV RJ
