O jacaré-coroa, uma das espécies mais discretas e raras dos ambientes pantaneiros, começa a dar sinais promissores de recuperação populacional no Salobra( planície inundável do Pantanal). Com hábitos noturnos, mas de comportamento reservado, esse pequeno jacaré costuma habitar córregos sombreados e de difícil acesso, longe das áreas abertas onde o jacaré-do-pantanal reina soberano.
IDS-Instituto Delta Do Salobra compartilhou as imagens em sua página no instagram. Recentemente, foi relatado que a presença de fêmeas com filhotes em regiões mais estreitas do rio. “Só se vê e raramente, em algumas partes do rio. E seguem se reproduzindo, já vimos ninhadas recentemente”, afirmou Mauricio Copetti, um dos responsáveis pelos registros abaixo:

O aparecimento de ninhadas reforça um sinal positivo: o equilíbrio ambiental da região. No entanto, A presença do jacaré-coroa pode servir como indicador biológico da qualidade da água e da vegetação ripária — elementos fundamentais para sua sobrevivência. Por isso, especialistas apontam que a conservação do Delta do Salobra deve ser prioridade nos esforços ambientais do estado.
Curiosidades:
- O jacaré-coroa (nome científico Paleosuchus palpebrosus) é o menor dos crocodilianos brasileiros, podendo atingir até 1,5 metro de comprimento.
- Seu nome popular vem da saliência óssea na cabeça, que lembra uma pequena coroa
- Sua dieta inclui peixes, insetos e pequenos vertebrados, e sua atividade se intensifica durante a noite, quando se sente mais seguro para caçar.
- Diferente de outros jacarés, o coroado prefere águas claras e com cobertura vegetal densa, onde pode se esconder com facilidade
Assim, a preservação dessas zonas de transição ecológica, onde diferentes biomas se encontram, garante que espécies raras como o jacaré-coroa continuem a habitar e enriquecer a biodiversidade local.
Fotos: Mauricio Copetti / Brendha Copetti
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