Trecho com alto índice de fatalidade para animais silvestres.
Uma jaguatirica fêmea foi encontrada morta nesta quarta-feira (5) na BR-262. O atropelamento ocorreu no km 583, em frente à área de atuação do Projeto Jaguatiricas. Esse é o segundo caso registrado em 2025 na rodovia, que já é conhecida como “rodovia da morte” devido à alta taxa de atropelamentos de fauna. No dia 19 de janeiro, uma onça-pintada fêmea também morreu no mesmo trecho.
A morte de fêmeas reprodutivas compromete a sobrevivência da espécie. Com uma expectativa de vida de até 12 anos em condições normais, esses animais poderiam contribuir para o crescimento de sua população. No entanto, o impacto dos atropelamentos reduz drasticamente essa possibilidade.
Alto índice de atropelamento de animais por mês
Ademais, os números revelam a gravidade do problema. De acordo com o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), entre Campo Grande e a ponte sobre o Rio Paraguai, próxima a Corumbá, cerca de 200 animais morrem atropelados todos os meses na BR-262. Esse cenário reforça a urgência de medidas preventivas.
Diante desse quadro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aprovou, em novembro de 2024, um Plano de Mitigação de Atropelamentos de Fauna. A proposta inclui cercamentos e passagens seguras para reduzir os acidentes. No entanto, a implementação dessas medidas ainda não tem data definida, o que mantém os riscos elevados para a fauna silvestre.
Foto Destaque: Projeto Jaguatirica
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