Em 2017, cientistas brasileiros fizeram um registro inédito da fauna nacional: um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) melânico, fotografado em uma reserva no estado de Minas Gerais. Diferente da coloração tradicional laranja-avermelhada, o animal apresentava pelagem totalmente preta, causada por uma condição genética rara conhecida como melanismo.
O lobo-guará é um dos símbolos do Cerrado brasileiro e geralmente apresenta pelos alaranjados, pernas escuras e uma característica crina preta ao longo do dorso. O lobo-guará melânico, no entanto, apresentava melanismo — uma mutação genética que leva à produção excessiva de melanina, pigmento responsável pela coloração da pele e pelos.
Segundo os autores do estudo publicado em 2017, esse foi o primeiro registro documentado de um lobo-guará com essa condição genética, o que representa uma descoberta relevante tanto para a biologia da espécie quanto para as estratégias de conservação.
A presença do melanismo em uma espécie como o lobo-guará é extremamente rara entre canídeos, sendo mais frequentemente observada em felinos como onças-pintadas (as chamadas panteras negras). O achado surpreendeu os pesquisadores e abriu espaço para novos estudos sobre a diversidade genética da espécie e suas possíveis adaptações ao ambiente.
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