O Manejo Integrado do Fogo (MIF) transforma o modo como comunidades e gestores ambientais lidam com o fogo. Em vez de tratá-lo como ameaça, a técnica o utiliza de forma controlada para conservar o ambiente e reduzir os riscos de grandes incêndios.
De acordo com Alexandre Pereira, analista ambiental do Prevfogo/Ibama e pesquisador do PELD NEFAU (Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas), o MIF integra ações humanas e demandas ecológicas. “A proposta busca soluções conjuntas para o uso do fogo de forma sustentável”, explica Pereira.
Além disso, o manejo do fogo se baseia em saberes ancestrais. Povos indígenas e comunidades tradicionais já usavam o fogo para limpar áreas, manejar o solo e renovar pastagens. Atualmente, especialistas unem esse conhecimento local a tecnologias modernas. Entre elas estão o monitoramento por satélite, o mapeamento de risco e o planejamento de queimadas controladas.
Consequentemente, o MIF reduz o acúmulo de material inflamável, favorece a biodiversidade e protege regiões vulneráveis, como o Cerrado e o Pantanal. Órgãos ambientais, pesquisadores e populações locais conduzem as ações em parceria, o que fortalece o controle do território.
Por fim, essa estratégia preventiva adapta o manejo às mudanças climáticas. Com ela, o Brasil avança no combate aos incêndios florestais, preservando a vida da fauna e os ecossistemas.
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