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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Após longa estiagem, moradores de Porto Murtinho comemoram cheia do rio Paraguai

Porto Murtinho - rio Paraguai

Alberto Froes

As chuvas constantes em Mato Grosso do Sul aumentam o nível dos rios, mas ainda não deixou nenhum município em situação crítica. Em Porto Murtinho, por exemplo, o aumento na altura do Rio Paraguai foi comemorado por quem vive lá.

Segundo moradores, o nível permitiu o retorno da  navegabilidade e também a aproximação de lanchas de uma pousada à sua sede. Neste último caso, o proprietário Alberto Fróes afirmou na página do estabelecimento que “após quatro anos, choveu bastante subiu o rio. Hoje conseguimos colocar os barcos pertinho da pousada, graças a Deus”.

Ele falou que a água subiu rápido e que estava precisando muito. “Muitos corixos fecharam e é uma questão de sobrevivência, para os peixes mesmo, porque com pouca água, os grandes comem os pequenos e agora, os corixos estão abrindo novamente, garantindo a reprodução”, pontuou.

O radialista da cidade, Hildebrando Procópio também comemorou, informando que “a alta no nível do Rio Paraguai permite o retorno de embarques em Porto Murtinho. “A normalidade permitiu a retomada da navegação na região entre Porto Murtinho e Corumbá”, postou. Os dados de lá indicam que ontem, a hidrovia estaca em 3,46m metros e “nos últimos quatro dias, subiu 0,66 metro, criando a expectativa de que o nível do Rio Paraguai ao final do mês de março, chegue a 5,50 metros”.

Em mensagem, afirmou ao Campo Grande News que a comemoração ocorre “pois a estiagem de sete  anos sem água no Pantanal é para agradecer a Deus pelas bênçãos” e lembrou que “o nosso Rio Paraguai agonizou nos últimos dois anos, chegando a 2020, no caos, a 0,74 metro. Em 2021 teve fogo durante 70 dias matando animais bovinos e silvestres, além do prejuízo de cercas e pontes de madeiras que queimaram tudo”.

Dados da Sala de Situação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) mostram que em 1º de fevereiro, o Rio Paraguai na cidade estava em 2,33 metros acima do nível da régua; em 6 de fevereiro estava em 3,07 metros e hoje em 3,49 metros. Esse aumento não está perto do nível de alerta, que é quando há risco de inundações, que é de 6,40 metros.

A cidade enfrentou alagamentos no 1º dia de fevereiro famílias desalojadas por causa da chuva, mas não por conta do aumento do nível do rio. Na ocasião, o grande volume de chuva atingiu Porto Murtinho na madrugada de terça-feira, 31 de janeiro, e alagou ruas e casas. Foram registrados 105,8 milímetros de chuva em apenas quatro horas, o equivalente a 65% do esperado para todo o mês.

Aquidauana e Coxim – Em Aquidauana, no dia 1º de fevereiro, o rio de mesmo nome estava em 3,22 metros e em 6 de fevereiro, 5,59 metros. Quatro dias depois, já havia caído para 4,84 metros, o que impediu que chegasse ao nível de alerta, em 6,00 metros. Em 3 de fevereiro, a cidade temeu que o rio transbordasse, o que acabou não ocorrendo.

Em Mato Grosso do Sul, o único rio que está em nível de alerta é o Taquari, em Coxim, com 4,5 metros. O limite de alerta é 4,00 metros. Lá, segundo a prefeitura, foram registrados 208,8 milímetros de chuva entre os dias 2 e 3 de fevereiro, quando o nível do Taquari chegou a 4,53 metros. “Com todo esse volume de chuvas, muitas ruas foram prejudicadas e casas foram invadidas com as águas, trazendo transtornos à população”, cita nota do município.


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