Biotátil aproxima deficientes visuais da fauna e flora no Bioparque Pantanal
Para que todos os visitantes com deficiência visual tenham uma experiência ainda mais rica, o Bioparque Pantanal conta com uma novidade, o Biotátil, um espaço novo que possibilita que pessoas cegas e de baixa visão conheçam por meio do tato, objetos que compõem a cenografia dos tanques, como pedras, areia, cascos, sementes e folhas. O espaço também conta com uma variedade de animais taxidermizados, como papagaio e jacaré.
O espaço Biotátil é uma implementação que integra projeto “Bioparque para Todos, iguais na diferença”. Dentro do projeto que, já na sua terceira fase amplia, inova e aperfeiçoa atividades que proporcionarão uma experiência imersiva, faz com que os deficientes visuais enxerguem por meio do tato as riquezas do Pantanal e sintam a emoção do momento durante a visita.
Inúmeras implementações já foram feitas, conforme revela a Diretora-geral do empreendimento, Maria Fernanda Balestieri. “Nós queremos que as pessoas sintam a emoção do momento e consigam vislumbrar, ainda que pelo toque, as riquezas do nosso Pantanal”.
Subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Telma Nantes de Matos também viveu a experiência Biotátil. “Eu que tenho baixa visão, tive a possibilidade de enxergar. Hoje temos pessoas que não têm nenhuma visão desde bebê e pra elas é uma experiência fantástica, poder tocar em um animal e ver os detalhes, sentir uma semente. Pra quem viveu no campo é uma forma de reviver momentos, é tudo gratificante”, explicou.
Na primeira fase do projeto, a direção recebeu demandas, através de reuniões com representantes de cada deficiência. Dessas demandas, foram feitas adequações e implementamos de coisas novas. O tablet com informações dos tanques em libras e audiosdecrição é um exemplo do uso da tecnologia assistiva.
Posteriormente, foram feitas experimentações, a prática com o visitante, foram testadas novas implementações. “Essa fase foi extremamente importante, pois no dia-a-dia com cada pessoa pudemos ver as necessidades e entender o que podia ser aperfeiçoado ou inserido”.
Já na terceira fase, o objetivo do projeto foi de melhorar o que já estava sendo feito e trazer coisas novas de acordo com as demandas que chegavam. Hoje o local conta com mais um intérprete de libras e aguarda a chegada de representações de peixes em 3D.
Sensível a causa, a diretora do complexo revelou que o fato de ter trabalhado na defesa das pessoas idosas no início de sua carreira e ter tido contato com as dificuldades enfrentadas por esse público possibilitou que o projeto alcance resultados positivos. “Estamos sempre em busca de inovação para todos, sem distinção e que dentro de suas particularidades possam desfrutar e vivenciar uma verdadeira experiência no Bioparque Pantanal”, revelou a responsável do complexo que ainda pontuou que não tem como ter inclusão sem acessibilidade.